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Bonito demais pra ficar só no seu caderno, nêni..

Hoje é um daqueles dias em q as horas escondem-se entre as angustias sentidas

É um daqueles dias dos quais não se sabe a ordem em que começou

É um daqueles dias em que não parece terminar

Esta tudo aparentemente bem

Se não fosse esse coração que anda retrocedendo fatos perdidos

Não é bem amor

Mas é sentimento grave

Fácil ser forte, fácil levar a vida com determinação

Fácil desvencilhar-se daquilo que não te faz bem

Fácil sorrir, fácil esquecer

Difícil mesmo é a ausência consentida

É a certeza da incerteza

É não conseguir driblar sua razão

Muito menos enganar seus olhos...

Faz muito tempo que eu conheci a eternidade

Contudo limitei o complexo decorrer do tempo

E subjuguei sua ira diante da vontade de recomeçar

E findar planos,

Abstrações concretas em sonhos de papel

Romances consubstanciados em explosão

Tudo de uma forma ou de outra se detém em percorrer outros caminhos

Pois nossos planos nem sempre

São os planos que o destino tem pra nós...

Eu aprendi

Mas confesso:

Ainda dói.

Me apaixonei sem querer

Eu não me importava tanto com leitura, e na verdade demorei um pouco pra perceber o que ela pode me trazer. Não que eu tivesse aversão ou a considerasse desimportante, eu só não tinha muita paciência. Achava lindo pessoas lendo, as estantes recheadas e tinha um apreço principal sob o cheiro dos livros, mas eram poucos os que me prendiam até o final.Não sei se eu era agitada demais ou desatenta demais, mas me desviada da historia constantemente..lembrava do ultimo programa de TV que eu havia assistido, pensava na roupa que iria usar a noite, ou simplesmente acompanhava a formiga que andava em cima das folhas. Só pra piorar um pouco, eu não me sentia frustrada com isso. Ui, que vergonha. Vergonha..foi o que eu comecei a sentir quando percebi que era boba, que estava enjoada de ser tão fútil... de como eram lindas aquelas meninas que liam vários livros. Sentia inveja delas, sentia raiva de mim que não havia lido sequer aquele clássico que todo mundo leu na 7ª série por causa da prova. É, aí eu acordei, dei aquele súbito estalo de dedos e disse: “Helo, sai dessa fase!” E saí. Meio tarde não?! Claro que não daria pra alcançar aquelas pessoas que nunca deram bola pras formigas, mas alimentaria meu ego intelectual. Não é que deu certo? Comecei a procurar livros que pareciam ser interessantes pra ver se me prendiam um pouco, e comecei a perder o sono por causa deles. Não digo isso agora querendo me revelar uma leitora compulsiva, inteligente e sem tempo pra televisão, até porque não sou, só gosto mesmo dos meus dois capítulos antes de dormir. Mas voltando à minha história de forma linear, veio a faculdade, e apesar de já gostar de ler, não escolhi o curso por isso, acreditem. Pode parecer cruel ou triste, mas resolvi estudar literatura porque não sabia o que queria da vida, e não admitia sair do colegial e não entrar em nenhuma faculdade, seria muito chato. Prestei vestibular no meio do 3º ano do ensino médio, pra ver como era o tal do vestibular. Passei. Pensei comigo: “Ah, seu eu não decidir o que eu quero até o fim do ano, vai essa mesmo”. É, eu não decidi, e foi essa mesmo. Talvez houvesse alguma preferência pelo curso, mas por gramática, e não literatura. Achei meio complicado no começo. Textos estranhos, coisas desnecessárias. Mas comecei a sentir conforto dentro do curso. Me interessava cada vez mais pelas aulas, pelos textos e obras, adorava discuti-las e pensava porque eu não enxergava nada desse modo antes. Fiquei feliz por descobrir como interpretar de verdade. Descobri, sem desmerecer nenhum outro curso, é claro, que somente a literatura poderia me proporcionar as sensações diversas que me permeiam. Sempre achei que tinha dom para a justiça, conselhos, opiniões, ajudar, emocionar, inventar... e agora vejo que não é preciso escolher um deles, não preciso me especializar em uma única função. Eu posso fazer tudo isso de uma vez só. Eu posso usar minhas palavras pra causar todas essas reações, juntas ou separadas, mas cada uma delas.Por isso eu agradeço àquelas pessoas que me induziram a escolher esse caminho. Aquelas as quais sequer imaginam que exista alguma admiração de minha parte. Aquelas meninas lindas, aquelas professoras, aquelas que ouviram minhas histórias e aquelas que me contaram histórias. Aquelas que me fizeram deixar de lado a menina que não queria fazer nada e descobrir a menina que quer fazer tudo!

Quase sem tempo pra escrever. E desproporcionalmente cheia de minhocas na cabeça :/

Doce melancolia

Tudo depende do meu estado de humor. Minhas vontades e diálogos. E hoje eu queria exatamente isso, cinco amigas, besteiras pra comer, cigarros, a varanda e o moletom velho. Na verdade eu queria mais, só um pouco a mais, só alguém pra dar mais motivos às nossas lamentações ou (pra mim) excluí-las. A solidão encontrou a gente, de forma amigável e confortante, transformando o tédio em melodia espalhados em cinco abraços. Como se não bastasse, a tarde nublada, com o céu misto de cinza e lilás, o vento frio e o silêncio, com intervalos entre músicas inevitavelmente depressivas. E eu, com meus devaneios vazios e apertados, no meio de toda a cidade mórbida. Tudo perfeitamente sincronizado, sob a mesma sintonia. E não nos importamos, nem queríamos fugir, só esperar..o dia acabar, a rotina, alguém ou alguma coisa pra tirar a gente dali, pra acordar!

2012

Excluídos todos os questionamentos sobre a teoria de forma literal, pensemos no foco principal e suas reações. O fim do mundo. O mundo que, neste caso, é interpretado de forma pessoal. De forma geral a natureza faz parte do mundo, não é? Mas e daí? Sua degradação não impede que cresçamos gradativamente perante nossas metas ambiciosas. Diria até egoístas, já que não há problema em prejudicar ou sensibilidade suficiente pra enxergar. Apesar de exaustos, estressados e indiferentes... sufocados pelo calor excessivo, delegamos a responsabilidade e reclamamos pela falta de atitude dos então responsáveis. Nós não temos tempo pra consciência. Vivemos em função do amanhã, porém deixamos tudo para resolver amanhã, com a falsa ilusão de que nos alertam para um futuro que pode esperar. Distanciam demais o futuro. Pobres coitados, mal sabem quão próximo ele está. Aí aparece uma teoria que diz acabar com tudo, com dia e hora marcada, e dessa vez quase não há tempo. Transformam em uma polêmica exagerada, mesmo sabendo que isso não requer solução. Talvez porque seja mais fácil falar quando é o máximo que se pode fazer. E talvez até prefiram assim, sem precisar se mover. Apesar de trágico, seria prático e fácil. Seria mesmo mais difícil mudar os hábitos em prol de 50 anos a frente..paciência esta escassa. Minha opinião? Pra ser sincera praticidade me atrai, mas esperar as coisas acontecerem por si só não faz muito meu tipo. Fico confusa quanto a como nomear: egoísmo, desinteresse, preguiça, e assim por diante. Só acho ridículo ter medo maior sobre hipóteses.

Eu e o amor

Duas coisas tão complexas. Eu com minhas manias de idealizar e você com todas essas suas peripécias. Eu queria parar de imaginar que você se esconde em um cara lindo, inteligente, seguro e carinhoso. Porque não tornar o cara lindo mais inteligente? Ou aquele cara inteligente no garoto mais lindo, pelo menos pra mim? Mas não, crio argumentos inúteis pra justificar o erro. Vejo cenas, antes delas acontecerem, sobre conversas e carícias, e é claro, elas não acontecem. Elas existiam apenas dentro de mim, porque eu queria que elas fossem assim, e não significa que deviam realmente ser. Aí aparece a desilusão do meu amor platônico. É, eu sei, minha culpa, triste escolha inconsciente. Mas não venha me dizer que sou difícil, você bem que poderia me dar uma mãozinha. Não é você que gosta de brincar das formas mais inusitadas? Você pode fazer o que quiser, é você quem move tudo..e agora eu te proponho um encontro, prometo não exigir e peço sua intensidade. Fique tranquilo quanto minha compreensão, mas desperte sua disposição. Será fácil encontrar um cara lindo, inteligente, seguro e carinhoso, difícil será encontrar o amor da minha vida.
A ana é azeda, mas muito doce quando é doce


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